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Edição de  março de 2023

Um desafio chamado família

Marcelino Pereira da Cunha 

Riscos e deveres

Há quem diga que na Terra jamais surgiram tantas ocasiões para deslizes e quedas espirituais quanto hoje, ante o progresso científico que parece empalidecer as conquistas do sentimento.

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Conquanto várias épocas do passado humano hajam apresentado graves características de transição, digamos que sim.

Destacamos semelhante tópico, em torno da atualidade, para considerar com os amigos domiciliados no Plano Físico que se o mundo atravessa agora duros tempos de crise e riscos para a alma, estes são também tempos para os mais belos testemunhos de compreensão e de amor.

Ocasiões para dádivas maiores de paciência e de devotamento, perdão e espírito de serviço.

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Alguns companheiros terão aderido à aventura e ao desequilíbrio.

A tentação de acompanhá-los talvez te visite o pensamento, mas, em verdade, terá soado o instante de oração, no qual decerto precisarás recorrer à própria fé, para que permaneças fiel aos compromissos assumidos.

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É provável tenhas visto familiares queridos abraçando episódios infelizes e, possivelmente, terás desejado arredá-los de vez do próprio coração, no entanto, estarás no ensejo bendito de amá-los ainda mais, esperando que a renovação os alcance, reconduzindo-os ao caminho justo.

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Salientemos a expansão do pessimismo e do desespero, entretanto, é razoável indagar de nós mesmos qual é a nossa contribuição para que semelhantes calamidades se façam extintas.

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Compreensível a nossa perplexidade diante de certas manifestações de violência nas paisagens sociais da vida moderna, mas não nos será lícito esquecer que nos achamos todos na hora de mais intensivamente compreender e mais servir.

 

Mensagem de Emmanuel psicografada pelo médium Chico Xavier

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Histórias que a vida conta

Marcelino Pereira da Cunha 

O rei e o súdito!

Há muito tempo, num reino distante, havia um rei que não acreditava na bondade de Deus. Tinha, porém, um súdito que sempre o lembrava dessa verdade. Em todas as situações dizia:

— Meu rei, não desanime, porque Deus é bom!

Um dia, o rei saiu para caçar juntamente com seu súdito e uma fera da floresta atacou o rei. O súdito conseguiu matar o animal, porém não evitou que Sua Majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita. O rei, furioso pelo que havia acontecido e sem mostrar agradecimento por ter sua vida a salvo pelo o esforço de seu servo perguntou-lhe:

— E agora, o que você me diz? Deus é bom? Se Deus fosse bom eu teria sido atacado e não teria perdido o meu dedo.

O servo respondeu:

— Meu rei, apesar de todas as coisas, somente posso dizer-lhe que Deus é bom, e que mesmo-perder o dedo é para o seu bem!

O rei, indignado com a resposta do súdito, mandou prendê-lo na sela mais escura e fétida do calabouço. Após algum tempo, o rei saiu novamente para caçar e aconteceu que ele foi atacado, desta vez, por índios que viviam na selva. Esses índios eram temidos por todos, pois se sabia que faziam sacrifícios humanos para seus deuses. Mal prenderam o rei, passaram a preparar, cheios de júbilo, o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto e o rei já estava diante do altar, o sacerdote indígena, ao examinar a vítima, observou furioso:

— Esse homem não pode ser sacrificado, pois é defeituoso! Falta-lhe um dedo!

O rei foi libertado. Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, libertou seu súdito e pediu-lhe que viesse à sua presença. Ao ver o servo, abraçou-o afetuosamente, dizendo-lhe:

— Meu caro, Deus foi realmente muito bom comigo! Você já deve estar sabendo que escapei da morte justamente por não um dos dedos. Mas ainda tenho em meu coração uma grande dúvida: se Deus é tão bom, por que permitiu que você fosse preso da maneira como foi, logo você que tanto O defendeu?

O servo sorriu e disse:

— Meu rei, se eu não estivesse sido preso eu estaria nessa caçada, certamente seria sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum!

Que Jesus continue a nos abençoar!

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Pingos de Luz

Sulamita de Almeida

Religião dos Espíritos

O Livro Religião dos Espíritos oferece comentários feitos por Emmanuel sobre algumas questões de O Livro dos Espíritos.

 

“Simples comentário em torno da substância religiosa de “O Livro dos Espíritos”, em cujo texto fixou Allan Kardec a definição da Nova Luz.”

Registra Emmanuel no prefácio do referido livro.

Transcrevemos o comentário sobre a questão 799, a seguir:

Reunião pública de 25/09/1959.

Questão 799 – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

799. De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?

“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.”

Materiais

Não podemos afirmar que os materialistas vêm vindo…

Estão nos tempos modernos, por toda parte, tentando inconscientemente apagar a luz do espírito.

Assestam telescópios na direção das galáxias, e supõem resolver os enigmas do Universo pelas acanhadas impressões dos cinco sentidos da Esfera física.

Devotam-se aos mais altos estudos da Psicologia transcendente, e atestam que o homem não passa de símio complexo, sem maiores possibilidades de evolução.

Dizem que estamos longe de equacionar os problemas do destino e do ser, e estabelecem padrões para a genética humana, tomando por alicerce o comportamento de drosófilas e de ratos nas atividades reprodutivas.

Asseveram que é preciso plasmar elites de condutores, e dirigem-se à mocidade acadêmica subtraindo-lhe as noções da alma, à feição de sorridentes carrascos da responsabilidade moral.

Destacam o imperativo da solidariedade, e preconizam a sumária eliminação dos que nasçam doentes ou incapazes.

Proclamam-se campeões da liberdade, e desprezam quem lhes não aceite o figurino mental.

Recomendam a investigação das questões do espírito, e injuriam as inteligências sinceras e desassombradas que a elas se afeiçoem.

Aconselham o respeito às religiões e, em vez de ajudá-las no apostolado de amor pela extinção do sofrimento, solapam-lhes a existência, a golpes de sarcasmo sutil.

Claro que não nos reportamos aos pesquisadores respeitáveis, porque a

Ciência — matriz do progresso — será sempre, no mundo, a interrogação vestida de luz, entesourando experiências diante da verdade.

Referimo-nos aos epicuristas de todas as épocas, sejam eles autores de fulgurantes pensamentos destrutivos, em alentados livros sobre a Natureza, ou meros conversadores de salão, interessados nas sensações inferiores, a detrimento da sublimação íntima.

Desde as primeiras horas de nossa formação doutrinária, os mensageiros do Cristo explicaram que o Espiritismo contribuirá no aperfeiçoamento da Terra, anulando o materialismo, por ensinar aos homens a dignificação do futuro, mantendo-os livres de seitas e cores, castas e privilégios.

Temos, assim, a tarefa de conduzir para a frente a bandeira da imortalidade, com o trabalho incessante que lhe é consequente, mas, para atingirmos a meta, é imperioso se disponha cada um de nós a viver em si mesmo os princípios que prega, com a obrigação de servir e com o dever de estudar.

Livro: Religião dos Espíritos – Emmanuel/Chico Xavier - cap. 67

* * *

Relendo o livro “LIBERTAÇÃO”

Regina Célia Lanne 

CAPÍTULO XIII – Convocação familiar – Segunda parte

Após o juiz conscientizar-se de que Jorge era inocente, Gúbio, o benfeitor espiritual sugeriu que o magistrado fizesse a revisão do processo e restituísse a Jorge a liberdade e insistiu para que a partir dali amparasse a filha que habitava sua casa e lhe oferecesse a devida educação, mesmo que com ela não tivesse laços de consanguinidade. Insistiu em comentar a necessidade de libertar o coração, respirando em mais alto clima, e semear amor a fim de se elevar correlacionando a justiça da Terra com a do Céu. Na Terra abre-se tribunais para examinar o crime em seus aspectos variados, especializando-se na identificação do mal, todavia no céu a harmonia descerra santuários em prol do bem.

Pediu ao Juiz que fizesse de Jorge um amigo e da filha deste uma companheira de luta, para que no passar do tempo, na velhice e através da prece ela lhe beneficiasse. O juiz, indagou Gúbio sobre como proceder ante tal situação.

Ante a pergunta de como agir, o instrutor, calmo e persuasivo disse-lhe que no dia seguinte deixaria o leito não com todas as ideias lembradas, uma vez que o cérebro humano não seria capaz de rememorar os acontecimentos de duas vidas. Entretanto ideias novas iriam surgir com clareza a respeito do bem que necessitaria de praticar.

Saldanha, Jorge e a Filha trocaram olhares de alegria e esperança.

Gúbio, aproveitando o momento propício tocou de leve a fronte do magistrado e em voz firme esclareceu que Jorge, no caso em julgamento, tinha as mãos limpas, entretanto estava liberando certa parte de um pretérito doloroso. Dando prosseguimento aos esclarecimentos, Gúbio elucidou que no século passado o juiz havia sido senhor de dezenas de escravos e Jorge se tornou seu fiel servidor. Entre eles a convivência gerou antipatia.

O filho do juiz havia transviado a filha de Jorge, o qual enlouquecido tirou a vida do filho do juiz e após suicidou-se.

Gúbio afirmou que Alencar e a pupila do juiz estarão unidos brevemente pela benção do matrimônio. Jorge humilhado e desiludido apagou o desvario deplorável suportando martírio moral em poucos anos de acusação indébita e prisão, com viuvez e privações de toda espécie.

As narrativas de Gúbio deixaram o magistrado estarrecido e em lágrimas. O juiz aproximou-se, então, de Jorge estendo-lhe a mão em sinal de fraternidade, que o filho de Saldanha beijou. Abrindo os braços acercou-se da jovem e exclamou: -Serás minha filha doravante para sempre. Jorge foi conduzido amorosamente ao presídio onde o corpo em sono o esperava. Saldanha agradecido tentou oscular as mãos de Gúbio. Aquele momento jubiloso foi coroado com um abraço fraterno entre eles.

* * *

Reflexões

Essa criatura

 

Essa criatura que te aflige

É o cadinho que te aprimora.

Que seria da pedra

Sem martelo que a burile?

Não fujas à presença

De quem te humilha e fere.

Deus que palpita em ti

Vive também nos outros.

Quem te bate ou injuria

Vem ensinar-te o amor.

Ama e serve que, um dia,

Deus te libertará.

Emmanuel/F.C. Xavier – livro: Busca e Acharás

2historias
1desafio
3pingos
4 Relendo
5 Reflexoes
Âncora 1
Obras postumas.jpg
Dica de leitura

Obras Póstumas

“Este livro representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reúne os derradeiros escritos e as anotações íntimas, destinadas a servir mais tarde para elaboração da História do Espiritismo que ele não pode realizar. Vemos aqui a sua plena confirmação de muitas de suas atitudes mal compreendidas pelos contemporâneos.

Esta obra precisa ser lida com atenção e respeito.

Ela nos desvenda o segredo de uma vida missionária.

Quanto à grandeza dessa missão basta vermos o que os próprios espíritos superiores dizem em suas comunicações aqui reproduzidas.”

(Trechos da “Notícia sobre o livro”, por José Herculano Pires

 

 

 

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