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Edição de janeiro de 2023

2historias
Um desafio chamado família

Marcelino Pereira da Cunha 

NATAL, na minha interpretação

 

Quando vai se aproximando o mês de dezembro, surge, também, um clima de uma expectativa diferente, apoderando-se de nossos sentimentos. Tudo é diferente dentro do coração, os pensamentos parecem surgir na neblina da razão como uma concha gigantesca que se abre, deixando exalar a vontade de agradar a todos aqueles que conhecemos.

Muitos dizem que não gostam desta época, porque para muitos tudo isso é demagogia, enquanto muitos têm fartura outros nada tem. Vejo de outra forma, talvez o mês de dezembro sendo considerado para muitas nações como o mês do nascimento de Jesus, nosso salvador, por isso já basta para o clima de solidariedade que envolve todos os pensamentos.

Tudo se ilumina, desde os semblantes dos homens como o colorido das ruas e casas em um momento de congratulação, o piscar das lâmpadas e enfeites multicoloridos.

Entristece-me porque a ganância dos poderosos, dos especuladores e das propagandas interesseiras apagaram a figura central do acontecimento pela figura nada significativa do homem de vermelho.

Sempre, e até hoje, continuam a sacrificar aquele que veio ate nós para livrar-nos do mal que escondemos nos recônditos de nossa alma.

Natal, data comemorativa do nascimento do Cristo de Deus, mas que passamos para nossos filhos como sendo o dia do papai noel, sim, com letras minúsculas porque maiúsculas são a do Cristo, nosso salvador.

Que as músicas natalinas possam abrilhantar nossos sentimentos para o trabalho solidário que está à espera de nós.

Muitos afirmam que Natal tem de ser todos os dias de nossa vida. Se partir da premissa que natal nada mais é do que o renascimento do homem para sua transformação moral, aceitando a força do bem para toda a eternidade, sim, estou de pleno acordo; mas do modo que temos visto, tenho minhas dúvidas. Natal para os homens de hoje (não são todos, mas a maioria) significa festas ruidosas, champanhe, luzes, atitudes mundanas, leviandade e falta de consenso .

Devemos sim rever nossas atitudes, ajudar os irmãos, ser mais unidos, e principalmente procurar a paz...

Essas não deveriam ser características do Natal e sim nossas em todos os dias do ano.

 

Para que caríssimos presentes, se Jesus é quem deveria ganhar, sendo esse o motivo do Natal.

Para que tantas luzes, se nossa visão esta tapada para aquilo que devemos enxergar, ou seja, o verdadeiro sentido do Natal.

Para que piscas, se nosso coração anda tão duro e nossas almas tão apagadas.

Para que tanto verde, se a única esperança que existe dentro de nós é transparente, ou melhor, quase invisível.

Para que árvores, se o ar que respiramos é o da inveja, do egoísmo e da luxúria.

Para que flores, se a mais bonita de todas é a semente do amor que o próprio Jesus plantou em cada um de nossos corações.

Reflitamos um pouco e perguntemo-nos “onde está o presente para Jesus?"

Que o aniversariante nos abençoe!

* * *

Histórias que a vida conta

Marcelino Pereira da Cunha 

Palavras guardadas na alma

Esta história narra um acontecimento de um noviço que estava na cozinha, lavando as folhas de alface para o almoço, quando um velho monge – conhecido por sua rigidez excessiva, que obedecia mais ao desejo de autoridade que à verdadeira busca espiritual – aproximou-se.

– Você pode me dizer o que o superior do convento disse hoje no sermão?

– Não consigo me lembrar. Sei apenas que gostei muito.

O monge ficou estupefato.

– Justamente você, que tanto deseja servir a Deus, é incapaz de prestar atenção nas palavras e conselhos daqueles que conhecem melhor o caminho? Por isso que as gerações de hoje estão tão corrompidas; já não respeitam o que os mais velhos têm para ensinar.

- Olha bem o que estou fazendo – respondeu o noviço. – estou lavando as folhas de alface, mas a água que as deixa limpas não fica presa nelas; termina sendo eliminada pelo cano da pia. Da mesma maneira, as palavras que purificam são capazes de lavar a minha alma, mas nem sempre permanecem na memória.

Na realidade em nossa vida, todas as mudanças de comportamentos não se conseguem da noite para o dia. É um processo lento e gradual onde as pessoas vão assimilando aos poucos as informações.

Autor desconhecido

* * *

Pingos de Luz

Sulamita de Almeida

Adeus homem velho, feliz homem novo...

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1desafio
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“Tenho-vos dito isto para que em mim tenhais paz: no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”

Jesus-Jo 16:33

 

 

Neste momento especial, no qual nossas esperanças se renovam, separemos o joio do trigo: o que levaremos? o que deixaremos?

Esforcemo-nos, a fim de levarmos para o ano que desponta somente aquilo que seguirá conosco nas sendas da eternidade: a lição da dor, os sorrisos que despertamos, o amor que distribuímos, o perdão que ofertamos e, de forma especial, o bem que fazemos.

Os ressentimentos, o orgulho, a falta de caridade e de fé, a vaidade... Deixemos tudo isso para trás, junto do homem velho do qual, pouco a pouco, despedimo-nos.

Façamos o bem. Dessa forma, não importa se são 31 de dezembro, 19 de maio ou 14 de setembro.

Ano Novo se fará no exato instante em que o raio iluminado de nossa boa vontade permear as nossas ações.

Renovemo-nos no bem e teremos um Feliz Ano Novo durante todo o ano de 2023.

Carta de Ano Novo

Ano Novo é também a renovação da nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

Se tens algum inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para a frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

Não maldigas, nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes, nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: “Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração”.

Emmanuel

Livro: Vida e Caminho — Autores diversos/Chico Xavier-Cap. 17

* * *

Relendo o livro “LIBERTAÇÃO”

Regina Célia Lanne 

CAPÍTULO XII – Missão de amor

Saldanha, o perseguidor de Margarida, manifestou o desejo de visitar o filho Jorge que estava hospitalizado. Gúbio, justificando a possibilidade de ser-lhe útil, pediu para acompanhá-lo. Não houve relutância. Acompanhados por Leôncio, um de seus implacáveis hipnotizadores, rumaram para o hospital.

Encontraram Jorge de bruços no chão de cimento gelado, de forma lamentável. Tinha ferimentos nas mãos, coladas ao rosto imóvel. Certamente estaria repousando após grave crise, esclareceu Saldanha em lágrimas, sobre a situação do filho.

Agarradas a ele estavam sua mãe Iracema e sua esposa Irene, ambas desencarnadas, absorvendo-lhe os recursos orgânicos, estiradas ao chão. Elas estavam cobertas de massa viscosa do cérebro até a extremidade da medula espinhal.

Na opinião de Saldanha, estavam loucas e, como crianças, vencidas pela ternura inoperante.

Gúbio, tentando anular a cólera de Saldanha, obtemperou, dizendo que elas estavam hipnotizadas e não conseguiam ultrapassar o pesadelo do sofrimento, como se atravessassem um rio de águas turvas sem recursos para alcançar a margem.

Apegam-se a Jorge assim como o bicho-da-seda enrolam-se nos fios. O obsessor de Margarida, surpreso e mais calmo, fez algumas observações sobre elas e Gúbio concordou.

Elas estavam esmagadas pelo pavor, desânimo e sofrimento, portanto se alimentaram das energias de Jorge causando-lhes alucinações e desespero.

Gúbio,no intuito de servir, sentou-se no chão cimentado e com bondade afastou a cabeça dos três dementes, pediu a Saldanha para beneficiá-los. O gesto do instrutor desarmou o coração de Saldanha que sorriu emocionado, permitindo a ação de Gúbio, solucionando o problema afetivo do adversário,colocando em prática os ensinamentos de Jesus: “Ama o teu inimigo”, ore por aqueles que te perseguem e caluniam". “ Perdoar setenta vezes, sete vezes”.

Gúbio pediu para orar por eles em voz alta. O perseguidor surpreendido entrou em choque e disse:

-Acreditas em semelhante panaceia? Contudo aquiesceu.

O magnânimo instrutor, aproveitando o minuto de simpatia de Saldanha, elevou seu pensamento alto e rogou humildemente:

- Senhor Jesus, nosso Divino amigo, há sempre quem peça pelos perseguidos, mas raros os que se lembram de auxiliar os perseguidores. Senhor, infunde-nos o dom de nos amparar mutuamente…

Ao ouvir a súplica, ele e André derramaram lágrimas e a sublimada luz brilhava, formoso fio de claridade partia em direção ao alto.

Nesse ínterim, jorrava luz de mãos invisíveis e Gubio, com perceptível emotividade, aplicou passes magnéticos nos três infelizes e em seguida falou ao rapaz encarnado Jorge: -Levanta- tei, estás livre para o necessário reajustamento.

O interpelado arregalou os olhos, parecendo acordar de um pesadelo angustioso, ergueu-se com absoluto controle de raciocínio e deitou-se em singelo leito.

Saldanha, ao presenciar o acontecido, gritou em lágrimas:

- Meu filho, meu filho!

Assim reconheceu a superioridade do Mestre buscando oscular suas mãos.

Acalmando Saldanha, Gúbio afagou a cabeça de Iracema que despertou sem saber onde estava, mas, reconhecendo o esposo, pediu a ele socorro e perguntou pelo filho querido. Assustada e em lágrimas olhava para Gúbio e gritava:

-Oh Deus meu, salva-me!

O instrutor tentou acalmá-la com palavras encorajadoras e indicou o filho ao lado. Irene recebia de Gúbio energia nos centros cerebrais. Ela se ergueu, ainda se sentindo sufocada, emitiu terrível grito e aproximou-se de Jorge dizendo que ainda bem que o veneno não a matara e passou a relembrar os tempos passados.

Gúbio clareou seu raciocínio, dizendo que as portas da casa do mundo haviam se cerrado para sua alma e deu-lhe as notícias da filha e de Jorge.

Alertada sobre sua morte, mudança de veste, e inquirida sobre o suicídio e seu esquecimento de Deus, Gúbio falou-lhe de esperança

Ainda descontrolada, avistou Saldanha, culpando-o de não socorrer a esposa nas questões jurídicas. Suas palavras seriam como ferro em brasa. O perseguidor de Margarida procurou o

olhar de Gúbio pedindo ajuda. Tomando a palavra, o instrutor chamando-a pelo nome, apelou para o sentimento da infeliz, ressaltando em suas palavras a infelicidade da vingança, as chagas causadas pelo sangue e lágrimas dos inimigos, pela perseguição e cólera e pelo homicídio como recurso para solucionar situações difíceis.

A desditosa esposa de Jorge silenciou, soluçante. As duas mulheres precisavam descansar.

Saldanha preocupou-se com a nova e grave realidade. O que deveriam propiciar àquelas mulheres? Gúbio sugeriu levá-las à uma organização socorrista próxima, com a aprovação de Saldanha, o qual ficou agradecido pela dedicação fraterna à sua família.

Ausentando-se do hospício e conduzindo as irmãs enfermas ao abrigo, o perseguidor de Margarida, cabisbaixo e humilhado, perguntou sobre as armas justas em serviço de salvação.

Gúbio retrucou:

-Em todo lugar um grande amor pode socorrer o amor menor…

E retornaram para a casa de Margarida.

* * *

Refletindo

Carta de Ano Bom

Entre um ano que se vai

E outro que se inicia,

Há sempre nova esperança,

Promessas de Novo Dia…

 

Considera, meu amigo,

Nesse pequeno intervalo,

Todo o tempo que perdeste

Sem saber aproveitá-lo.

Se o ano que se passou

Foi de amargura sombria,

Nosso Pai nunca está pobre

Do pão de luz da alegria.

Pensa que o Céu não esquece

A mais ínfima criatura,

E espera resignado

O teu quinhão de ventura.

Considera, sobretudo

Que precisas, doravante,

Encher de luz todo o tempo

Da bênção de cada instante.

Sê na oficina do mundo

O mais perfeito aprendiz,

Pois somente no trabalho

Teu ano será feliz.

Não esperes recompensas

Dos bens da vida terrestre,

Mas, volve toda a esperança

À paz do Divino Mestre.

Nas lutas, nunca te esqueças

Deste conceito profundo:

O reino da luz de Cristo

Não reside neste mundo.

Não olhes faltas alheias,

Não julgues o teu irmão,

Vive apenas no trabalho

De tua renovação.

Quem se esforça de verdade

Sabe a prática do bem,

Conhece os próprios deveres

Sem censurar a ninguém.

 

Ano Novo!… Pede ao Céu

Que te proteja o trabalho,

Que te conceda na fé

O mais sublime agasalho.

Ano Bom!… Deus te abençoe

No esforço que te conduz

Das sombras tristes da Terra

Para as bênçãos de Jesus.

Casimiro Cunha/F.C. Xavier – livro: Cartas do Evangelho e outros poemas.

* * *

***

4relendo
refletindo
5dica
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Dica de leitura

Revista Espírita - 1858-1869

Periódico mensal, a Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos - circulou pela primeira vez em Paris, no dia 1º de janeiro de 1858, e foi publicada sob a responsabilidade direta de Allan Kardec até a sua desencarnação, ocorrida em 31 de março de 1869, passando, a partir de então, a ser administrada pelos seus continuadores até os nossos dias. Allan Kardec transformou-a numa espécie de tribuna livre, na qual sondava a reação dos homens e a impressão dos Espíritos acerca de determinados assuntos, ainda hipotéticos ou mal compreendidos, enquanto lhes aguardava a confirmação, utilizando o critério da concordância e da universalidade do ensino dos Espíritos. Inúmeros capítulos dos livros básicos da Codificação, na íntegra ou com pequenas modificações, vieram à luz por meio da Revista Espírita. Pelas suas páginas admiráveis desfilam os assuntos mais diversos, desde a fenomenologia mediúnica nos seus variados matizes, até as dissertações da mais pura moral evangélica, a vida no mundo espiritual, a sorte futura reservada aos que praticam e aos que não praticam o bem, a justiça da reencarnação, a bondade e a misericórdia divinas, enfim, os princípios fundamentais em que se assenta o Espiritismo. Com quase sete mil páginas em sua versão brasileira, esta Coleção compõe-se de doze volumes, referentes aos anos de 1858 a 1869, além do Índice geral elaborado para facilitar a pesquisa, permitindo mais amplo estudo do Espiritismo.

Fonte: https://www.uemmg.org.br/download/revista-espirita-1858-1869

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