top of page

Edição de fevereiro de 2023

Um desafio chamado família

Marcelino Pereira da Cunha 

A vida na corda bamba

Ao amanhecer o dia, busquemos Deus na sua sublime paternidade para nos abençoar.

O dia começa para nós como uma página em branco onde precisamos preenchê-la no decorrer das 24 horas.

É importante observar que, apesar do novo dia que começa, muito irá pesar,na balança dos nossos atos, aquilo que fizemos ontem. Nossa vida trabalha ligada a elos do uso das horas anteriores. A sabedoria ensina-nos que nosso passado está sempre dando- nos ordens que não devemos revidar.

Devemos estar prevenidos para não fugirmos dos princípios que nos levam à vitória da tranquilidade, estando ligados no que realmente precisamos realizar. Contudo, nossas observações deverão estar confinadas no absolutismo real da vida humana, onde navegamos no regime divino no qual impera a lei regimental de provas e expiações.

Assim, tudo indica que, nos trabalhos diários de sublimação, estamos sujeitos ao contraditório em que vivem as criaturas perdulárias e incapazes de suprirem as próprias necessidades,precisando muitas vezes do conteúdo de nosso bolso. Sempre há também aquelas pessoas carentes de atenção e logram êxitos no atendimento do nosso silêncio que o instiga a buscar no fundo de seu ego o alívio das emoções, suprimidas nos torvelinhos mal resolvidos.

Aliás, não precisa de muito fazer para suprir a realização do trabalho promissor, bastando realizar o necessário para contrair o prazer do serviço realizado. Seja qual for a tarefa, que ela seja concluída ou realizada nos princípios de primor, sendo enaltecida não pelo seu tamanho, mas que não lhe faltem em nenhuma área, o zelo e o capricho. Todo trabalho deverá, na sua realização, receber toda atenção e amor de nossa parte. Tarefas pequenas ou grandes não importam! Todas têm sua importância pois fazem parte do contexto da sociedade compromissada com o progresso universal.

Ao preencher nossa nova página da vida, integraremos em cada pausa uma nova ação e que a mesma nos traga alegria e não frustrações. Ao amanhecer, ao relembrar cada uma, sejamos envolvidos em boa recordação a eclipsar nossa alma na doçura do trabalho concluído.

Vamos aceitar as cobranças que surgem, porque a contabilidade divina não erra na sua demanda. Então, não adianta choramingar; conta contraída tem que ser quitada. Ninguém pode contestar inocência diante de Deus se tem saldo a ser pago. O melhor é começar agora a sair da corda bamba. Depois, se não quitar, resta apenas chorar onde a mãe não vê.

Se, no momento, as coisas não estão boas, depois, com certeza, estarão piores;

Parafraseando Chico Xavier. “Não tem como voltar atrás e fazer um novo começo, mas tem como começar agora e fazer um novo fim.”

Que Jesus continua a nos abençoar!

* * *

Histórias que a vida conta

Marcelino Pereira da Cunha 

Os filhos do quarto!

Este texto da psicopedagoga Cassiana Tardivo mostra-nos, com muita seriedade, o quadro da sociedade de hoje. Em geral, é realmente este o retrato comumente encontrado.

"Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temo-los perdido dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais,ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo à distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.

Quando entravam em casa, não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.

Hoje, não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e, por isso, pensamos estarem em segurança. Quanta imaturidade a nossa!

Agora, ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é...

Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar...

Tornam-se uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles têm sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são.

Você, hoje, pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos. Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.

Como psicopedagoga, tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço a você um convite e, por favor, aceite!

Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo 2 dias estabelecidos na sua semana à noite (além do sábado e domingo).

E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha grandes oportunidades de tê-los vivos, "dando trabalho" e que eles aprendam a viver em família, sintam-se pertencentes ao lar, para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal!"

Fiquemos na paz de Jesus!

* * *

Pingos de Luz

Sulamita de Almeida

A Verdadeira Liberdade

2historias
1desafio
3pingos
Screen Shot 2023-02-05 at 22.31.02.png

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Jesus - Jo. 8:32 

Esse é o tema escolhido para nortear as atividades da AME-Araxá em 2023. 

Na citação do João Evangelista, Jesus nos diz que precisamos conhecer a verdade e que esse conhecimento nos libertará. 

Que Verdade é essa? Que liberdade é essa? 

Recorremos à interpretação de Emmanuel: 

 

Liberdade 1

 O discípulo procurou o instrutor cristão e pediu-lhe  

um parecer sobre a liberdade. 

O nobre amigo, de coração marcado pelas experiências  

do mundo, pensou por longos momentos e respondeu: 

— Se ainda não conheces os ensinamentos do Cristo, estás livre para fazer o que gostas, mas se já aceitaste as lições de Jesus, estás livre para fazer o que deves. 

Ante a luz da Verdade 2

A palavra do Mestre é clara e segura. 

Não seremos libertados pelos “aspectos da verdade” ou pelas “verdades provisórias” de que sejamos detentores no círculo das afirmações apaixonadas a  que nos inclinemos. 

 

Muitos, em política, filosofia, ciência e religião, afeiçoam-se a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do “ponto de vista”. 

Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do Eterno Bem. 

Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem. 

Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade para com o melhor. 

 

Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido. 

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida. 

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes. 

 

Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz… 

Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. 

Quem, todavia, penetra-lhe a grandeza indefinível, age mais e fala menos. 

 

1. Livro Recados do Além-Emmanuel_ Chico Xavier – Cap. 47. 

2. Livro Fonte Viva- Emmanuel_Chico Xavier – cap. 173. 

* * *

Relendo o livro “LIBERTAÇÃO”

Regina Célia Lanne 

CAPÍTULO XIII – Convocação familiar – Primeira parte

Em casa do juiz, onde Gabriel e Margarida usavam pequena dependência, Gúbio propôs benéfico encontro, convocando uma reunião com alguns encarnados, incluindo o juiz e Jorge.

Saldanha, como aprendiz que se vê na obrigação de seguir o mestre, concordou.

A reunião aconteceria no início da madrugada.

O sono do magistrado era agitado, devido ao número de entidades sofredoras que o atormentavam, bradando socorro e reclamando por justiça.

Nisso, a equipe percebeu a presença de Alencar, perseguidor da neta de Saldanha. Este exalava bebida alcoólica e,mal intencionado, tentava forçar a porta do quarto, querendo abusar de Lia, pobre menina que resistia ao assédio do infeliz. Saldanha sempre estava vigilante, tentando impedir o intento do viciado.

Saldanha demostrava-se mais compreensivo e reverente.

Concordou com Gúbio, afirmando que o rapaz, realmente, necessitava de auxílio e de buscar a higiene mental.

A aplicação de passes magnéticos em Alencar contribuiu para a desistência da ação do perseguidor que se dirigiu ao seu dormitório.

Após, o grupo de auxiliares dirigiu – se aos aposentos do magistrado que repousava, demonstrando grande inquietude mental.

André Luiz, tocando-lhe a fronte, auscultou-lhe os pensamentos mais profundos. Pensava na própria vida e revivia a infância, a juventude e mocidade, como crescera, estudara e se casara. Conquistara diversos títulos, e, como magistrado, havia julgado centenas de processos, cujas sentenças determinaram o destino das pessoas.

Entretanto, sua alma estava inquieta, queria paz, necessitava de Deus. Sentia o coração ressecado. Lembrou-se de alguns julgamentos, inclusive o de Jorge.

André e Elói foram recomendados a buscar Jorge no veículo carnal, em estado de sono, para juiz e réu se encontrarem.

O magistrado, entre os implicados, era o mais lúcido, pela agilidade de raciocínio. Lia estava um pouco mais lúcida que Jorge e este, em posição inferior, mantinha – se em estado de grande esgotamento. Todos estavam assustados em se verem.

Gúbio, tomando a palavra, esclareceu ao magistrado que ali estavam os envolvidos no caso de Jorge, para realizar-se uma audiência.

O juiz, ligando os fatos ao processo que condenara Jorge, argumentou que o caso estava encerrado e que os jurados haviam-no condenado.

Contemplando o juiz de forma compadecida, Gúbio considerou que nem todo s os casos julgados, as decisões eram compatíveis com a verdade e citou Jesus na cruz.

O juiz estava confuso e já em lágrimas conjecturou seu estilo de vida pouco ligado ao hábito de orar e meditar.

E, aterrorizado, pediu ajuda ao benfeitor para corrigir seus erros em benefício de Jorge que fora condenado injustamente.

Gúbio sugeriu – lhe rever o processo e restituir a liberdade ao réu.

Caindo em si, o juiz percebeu que Jorge era inocente.

* * *

Refletindo

O homem ante a vida

No crepúsculo da civilização em que rumamos para a alvorada de novos milênios, o homem que amadureceu o raciocínio supera as fronteiras da inteligência comum e acorda, dentro de si mesmo, com interrogativas que lhe incendeiam o coração.

— Quem somos?

— De onde viemos?

— Onde está a estação de nossos destinos?

À margem da senda em que jornadeia, surgem os escuros estilhaços dos ídolos mentirosos que adorou e, enquanto sensações de cansaço lhe assomam à alma enfermiça, o anseio da vida superior lhe agita os recessos do ser, qual braseiro vivo do ideal, sob a espessa camada de cinzas do desencanto.

Recorre à sabedoria e examina o microcosmo em que sonha.

Reconhece a estreiteza do círculo em que respira.

Observa as dimensões diminutas do lar cósmico em que se desenvolve.

Descobre que o Sol, sustentáculo de sua apagada residência planetária, tem um volume 1,3 bilhões de vezes superior ao seu.

Aprende que a Lua, insignificante satélite de seu domicílio, dista mais de 380 mil quilômetros do mundo que lhe serve de berço. Os planetas vizinhos evolucionam muito longe, no espaço imenso.

Dentre eles, destaca-se Marte, distante de nós cerca de 56 bilhões de quilômetros, à época de sua maior aproximação.

Alongando as perquirições, além do nosso Sol, analisa outros centros de vida.

Sírius ofusca-lhe a grandeza.

Pólux, a imponente estrela dos Gêmeos, eclipsa-o em majestade.

Capela é 5,8 mil vezes maior.

Antares apresenta volume superior.

Canópus tem um brilho 80 vezes superior ao do Sol.

Deslumbrado, apercebe-se de que não existe vácuo, de que a vida é patrimônio da gota d’água, tanto quanto é a essência dos incomensuráveis sistemas siderais; e, assombrado ante o

esplendor do Universo, o homem que empreende a laboriosa tarefa do descobrimento de si mesmo volta-se para o chão a que se imanta e pede ao amor que responda à soberania cósmica, dentro da mesma nota de grandeza, todavia, o amor no ambiente em que ele vive está ainda, qual planta milagrosa, em tenro desabrochar.

Confinado ao reduzido agrupamento consanguíneo a que se ajusta ou compondo a equipe de interesses passageiros a que provisoriamente se enquadra, sofre a inquietação do ciúme, da cobiça, do egoísmo, da dor. Não sabe dar sem receber, não consegue ajudar sem reclamar e, criando o choque da exigência para os outros, recolhe dos outros os choques sempre renovados da incompreensão e da discórdia, com raras possibilidades de auxiliar e ser auxiliado.

Viu a Majestade divina nos Céus e identifica em si mesmo a pobreza infinita da Terra.

Tem o cérebro inflamado de glória e o coração invadido de sombra.

Orgulha-se, ante os espetáculos magnificentes do Alto e padece a miséria de baixo.

Deseja comunicar aos outros o quanto apreendeu e sentiu na contemplação da vida ilimitada, mas não encontra ouvidos que o entendam.

Repara que o amor, na Terra, é ainda a alegria dos oásis fechados.

E, partindo os elos que o prendem à estreita família do mundo, o homem que desperta para a grandeza da Criação, deambula na Terra, à maneira do viajante incompreendido e desajustado, peregrino sem pátria e sem lar, a sentir-se grão infinitesimal de poeira nos domínios celestiais.

Nesse homem, porém, alarga-se a acústica da alma e, apesar dos sofrimentos que o afligem, é sobre ele que as Inteligências superiores estão edificando os fundamentos espirituais da nova Humanidade.

 

Emmanuel/F.C. Xavier – livro: Roteiro

* * *

Evento

4relendo

***

refletindo
6 evento
Evangelizando 2023.jpeg
5dica
Screen Shot 2023-02-05 at 22.41.53.png
Dica de leitura

Roteiro

Neste livro, o pensamento apurado do autor espiritual apresenta lições inspiradas nos princípios espíritas iluminados pelo Evangelho. Objetivando orientar e alertar o homem para a busca constante do autoaprimoramento, aborda assuntos como: a missão de Jesus; a mediunidade; a mente; o perispírito; a religião; o destino da Terra. São subsídios valiosos que permitem encontrar o verdadeiro caminho de libertação espiritual por meio da prática do amor incondicional

 

 

 

Inscreva-se para receber um aviso a cada nova edição do Notícias da Mocidade

Seu email foi cadastrado com sucesso!

© 2023 por Coisas Encantadoras. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page