Notícias da Mocidade
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei – Allan Kardec
Edição de junho de 2023
Um desafio chamado família
Marcelino Pereira da Cunha
Caminho do sentimento
Em meio à correria do dia a dia não há espaço na nossa agenda para uma oração matinal.
Se há, não fazemos dele um templo real para oração.
Este ato religioso deixou há muito de ser verdadeiro. As nossas orações são sempre mescladas de materialismo; preces egoísticas que jamais poderão ter efeito positivo.
Jesus disse “quando for orar entre no seu quarto e em silencio, ora ao Pai”
Qual será o quarto em que entramos para orar?
O quarto do materialismo, do egoísmo, da ambição?
Na realidade não foram estes que Jesus mencionou!
Se analisarmos bem os pedidos que fazemos, sentiremos vergonha, pelo que já aprendemos nos círculos religiosos honestos.
É preciso passar pelo crivo da razão todos os processos de nossos círculos sentimentais que se diz respeito nossos contatos com Deus nosso Pai.
O homem na verdade está todos os dias distanciando-se do criador. Vive correndo atrás de sua ambição, em busca do ouro e esquece em dar a sua alma a salvação divina.
Disse o apostolo Paulo “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.
Diante desta premissa chegamos à conclusão de que o bom senso e o equilíbrio têm que fazer parte dos nossos atos.
Orar é um ato de profunda reflexão. Deus não tem tempo a perder com nossos lamentos sem nexos. Muitas vezes achamo-nos imperfeitos demais para orar. Baseando nisso encontramos no livro Caminho Espírita, da psicografia de Chico Xavier, a prece com o título, Oração do servo imperfeito, ditada por Albino Teixeira:
“Senhor!...
Dura é a pedra, entretanto, com a tua sabedoria, temo-la empregada em obras de segurança.
Violento é o fogo, todavia, sob a tua inspiração, foi ele posto em disciplina, em auxílio da inteligência.
Agressiva é a lâmina, no entanto, ao influxo de teu amparo, vemo-la piedosa, na caridade da cirurgia.
Enfermiço é o pântano, contudo, sob tua benevolência, encontramo-lo convertido em celeiro de flores.
Eu também trago comigo a dureza da pedra, a violência do fogo, a agressividade da lâmina e enfermidade do charco, mas com a tua bênção de amor, posso desfrutar o privilégio de cooperar na construção do teu reino!... Para isso, porém, Senhor, concede-me, por acréscimo de misericórdia, a felicidade de trabalhar e ensinar-me a receber o dom de servir.”
Que Jesus continue a nos abençoar.
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Histórias que a vida conta
Marcelino Pereira da Cunha
A busca da felicidade
Coisas encontradas no baú de minhas recordações. Infelizmente não conheço o autor, mas vale a penas refletir.
Passamos a vida em busca da felicidade.
Procurando o tesouro escondido.
Corremos de um lado para o outro esperando descobrir a chave da felicidade.
Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica.
E achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fôssemos felizes.
E, assim, uns fogem de casa para serem felizes e outros fogem para casa para serem felizes.
Uns se casam para serem felizes e outros se divorciam para serem felizes.
Uns fazem viagens caríssimas para serem felizes e outros trabalham além do normal para serem felizes.
Uma busca infinda.
Anos desperdiçados.
Nunca a lua está ao alcance das mãos, nunca o fruto está maduro, nunca o vinho está no ponto.
Sombras, lágrimas.
Nunca estamos satisfeitos.
Mas, há uma forma melhor de viver!
A partir do momento em que decidimos sermos felizes, nossa busca da felicidade chegou ao fim.
É que percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa.
E jamais está à venda.
Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós para ter alegria, estamos fadados à decepção.
A felicidade não tem nada a ver com conseguir.
Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos.
Poucas coisas são necessárias para fazer feliz o homem sábio, ao mesmo tempo em que nenhuma fortuna satisfaria a um inconformado.
As necessidades de cada um de nós são poucas.
Enquanto nós tivermos alguma coisa a fazer, alguém a amar, alguma coisa a esperar, seremos felizes.
Saiba: A única fonte de felicidade está dentro de você, e deve ser repartida.
Repartir suas alegrias é como espalhar perfumes sobre os outros: sempre algumas gotas acabam caindo sobre você mesmo.
Que Jesus continue a nos abençoar.
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Pingos de Luz
Sulamita de Almeida
Parábolas de Jesus
E Ele falou muitas coisas em parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear...
Mt. 13:3
Parábolas são histórias comparativas.
Jesus utilizou das parábolas para nos ensinar a Verdade.
Após contar a parábola do Semeador, Jesus explicou como interpretar a história da semeadura. Ele nos ensinou como estudar minuciosamente os Seus ensinamentos.
No livro Em Torno do Mestre, Pedro Camargo – “Vinícius” explica a metodologia perfeita usada pelo Divino Mestre.
Jesus e suas parábolas
Jesus, como sábio educador, costumava recorrer frequentemente às parábolas a fim de melhor interessar e impressionar os seus ouvintes.
Esse processo é eminentemente prático e pedagógico, pois supre as deficiências intelectuais do educando, sempre que se trata de assuntos transcendentes.
Demais, na época em que o Mestre Divino predicava, e mesmo muito tempo depois de sua partida, os ensinamentos eram conservados e revividos por meio de tradição.
Ora, é muito mais fácil reter na mente a lição ministrada através de um conto qualquer, onde há o enredo que auxilia as associações de ideias, do que quando ensinada de modo inteiramente abstrato.
As parábolas evangélicas, além disso, têm, com relação às transcendentes verdades que encerram, a propriedade e as vantagens dos tegumentos que envolvem os frutos.
Essas camadas corticais servem para conservar doce e saborosa a polpa dos frutos, preservando-os das contingências exteriores a que se acham expostos.
Se a Natureza não tivesse protegido dessa forma os frutos, o homem jamais chegaria a utilizar-se deles.
Assim também, se o sapientíssimo Instrutor e Guia da Humanidade não tivesse envolvido seus sublimes preceitos no manto parabólico, eles não teriam chegado até nós.
Para saborearmos os frutos, despojamo-los de seus respectivos envoltórios.
Da mesma sorte, para lobrigarmos o espírito das parábolas, temos que despojá-lo da letra que a envolve.
É possível que os comodistas condenem o processo parabólico, alegando que dá lugar a confusões ou que dificulta a aprendizagem da verdade.
A estes cumpre lembrar que nenhum fruto existe sem casca.
E jamais se viu alguém pretender que o trabalho em descascá-lo não compense o proveito que dele tiramos, já como alimento, já como portador de vitaminas essenciais à saúde e à vida do corpo.
Todos concordam perfeitamente com o pequeno esforço despendido em desembaraçar os frutos dos seus tegumentos.
Outros há, extravagantes, que comem qualquer fruta com casca, e querem convencer os outros de que é assim que se deve comê-la.
Estes são os sectaristas que desprezam o espírito que vivifica e pregam a letra que mata. Ainda não experimentaram o legítimo paladar das parábolas do Senhor, cheias de doçura e aroma, visto como insistem em comer qualquer fruta com casca!
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Reflexões
Preocupações
Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.
Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.
Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.
Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para comentar injúria ou ingratidão.
Disse um notável filósofo: “uma criatura irritada está sempre cheia de veneno”, e podemos acrescentar: “e de enfermidade também”.
Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.
Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.
Geralmente, o mal é o bem mal interpretado.
Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.
Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que aguentou com você ontem, aguentará também hoje.
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Relendo o livro “LIBERTAÇÃO”
Regina Célia Lanne
CAPÍTULO XV – Finalmente, o socorro
Embora Saldanha e Leôncio estivessem empenhados em cooperar com a equipe de Gúbio no caso de Margarida a situação exigia maiores cuidados, pois, os inimigos poderiam estragar os projetos em benefício da doente.
Ali estava Gaspar, o magnetizador das sombras e demonstrava, insistentemente, o interesse em flagelar Margarida. Contudo, ele, também era vítima de seus dominadores.
Naquele ambiente enfermiço muitos estavam doentes. Gúbio atendia a todos com passes magnéticos a fim de renovar as mentes doentias.
Até Gabriel sentiu a renovadora influência e com intuito de ajudar perguntou a Margarida se ela consentia em buscar ajuda de algum amigo espírita.
Com o consentimento da esposa, Gabriel saiu em busca de ajuda, e foi acompanhado de Gúbio. Enquanto isso Saldanha e André Luiz conjecturavam sobre a real situação que vivenciavam e as possíveis consequências de suas ações. Otimista o ex-verdugo, já disposto a fazer o bem, afirmou que estava crédulo nas palavras do benfeitor, que acreditava na força do bem sobre o mau.
Retornando ao ambiente doméstico, GÚBIO E Saldanha noticiaram que naquela noite Margarida e o esposo participariam de uma reunião mediúnica.
Assim, em um automóvel o casal foi levado a residência do Sr. Silva e D. Isaura que os receberam gentilmente. Sidônio seria o diretor espiritual da reunião mediúnica, somando esforços com Gúbio, na aplicação de passes magnéticos em torno de Margarida.
Iniciaram desligando os corpos ovoides, e os conduziram a uma comissão de seis companheiros com a missão de socorrê-los.
Em ambiente de estudo do evangelho e prece, grande “força nêurica”, foi retirada das narinas, bocas, e mãos dos assistentes, e projetadas sobre Margarida e Gaspar, restaurando-lhes as energias perispiríticas.
Naquela reunião mediúnica, constando de nove pessoas e vinte e um espíritos,
D. Isaura, médium de incorporação ministrou passes sobre a laringe e sistema nervoso dos doentes.
Gaspar, também foi socorrido nos órgãos dos sentidos, tato, audição, olfato e visão, através da “enxertia psíquica”. Assim, pode, se aperceber de sua situação sombria e constatando a necessidade de se renovar intimamente. Chorando e gritando desesperadamente como um demente retornando à razão, foi socorrido por dois assistentes espirituais.
Ao final da reunião, imensa alegria transbordava os corações de todos.
Margarida pediu ao esposo que orasse em agradecimento às dádivas recebidas. Devido à necessidade de manutenção do tratamento, Gúbio pediu a Sidônio, colaboração de doze companheiros espirituais, empenhados nas atividades defensivas, por mais dez dias sucessivos, na moradia de Margarida e Gabriel, uma vez que era previsto o ataque terrível de Gregório e seus comandados.
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Dica de leitura
Sinal Verde
Para abrir os caminhos daqueles que pretendem encontrar a verdadeira felicidade, o Espírito André Luiz escreveu ‘Sinal verde’ - um dos maiores sucessos da literatura espírita dos últimos anos. Páginas de sabedoria e elevação, psicografadas por Francisco Cândido Xavier, se abrem no cotidiano, focalizando nosso comportamento frente às solicitações da vida. Atento às dificuldades com as quais nos defrontamos, André Luiz - que é um médico de almas não hesita em apontar as causas das nossas aflições, indicando, ao mesmo tempo, o receituário oportuno para a saúde do corpo e do espírito.
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