top of page

Edição de maio de 2023

Um desafio chamado família

Marcelino Pereira da Cunha 

A difícil arte de perdoar

O perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa que perdoa, ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada. É normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e pode ocorrer sem que o perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode perdoar outra pessoa que está morta ou que não se vê há muito tempo). Em outros casos, o perdão pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou restituição, ou mesmo um justo pedido de perdão, dirigido ao ofendido, por acreditar que ele é capaz de perdoar.

O perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração, é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes, tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.

Existem religiões que incluem disciplinas sobre a natureza do perdão, e muitas delas fornecem uma base subjacente para as várias teorias modernas e práticas de perdão.

Normalmente as doutrinas de cunho religioso trabalham o perdão sob duas óticas diferentes, que são:

Uma ênfase maior na necessidade das faltas dos seres humanos serem perdoadas por Deus;

Uma ênfase maior na necessidade dos seres humanos praticarem o perdão entre si, como pré-requisito para o aprimoramento espiritual. (Wikipédia, a enciclopédia livre)

Mas no sentido prático é de bom alvitre ouvir o mago do bom senso, Francisco Xavier, que assim se expressa; Quem deseje encontrar a paz na vida, perdoe as provas que a vida nos apresenta.

Se procuramos a paz com os amigos, perdoemos a todos sem reclamar as faltas que nos ofertem.

Se desejamos a paz com os vizinhos, tratemos a todos eles com a bondade e a distinção com que desejamos ser tratados.

Se desejamos a paz com a natureza, procuremos agir com ela dentro do equilíbrio com que somos por ela beneficiados.

Se desejamos obter a paz com os inimigos, abençoemos a todos eles como ansiamos ser por eles abençoados.

Se queremos a paz com os animais, respeitemo-los como aspiramos ser por eles respeitados.

Se queremos paz com a própria saúde, protejamos o corpo que nos serve de moradia como precisamos ser protegidos.

Se queremos a paz com as criaturas infelizes, tratemo-las todas com o amparo que venhamos a precisar recolher de cada uma delas.

Se queremos encontrar a paz da felicidade, saibamos repartir com os outros os melhores sentimentos do coração, com a mesma esperança de que algum dia venhamos a precisar do auxílio de qualquer um deles.

Se sonhamos guardar conosco a Paz de Deus, procuremos trazer a nossa Consciência ligada ao Amor Infinito, com a Fé vigorosa com que somos chamados a viver cumprindo os Desígnios de Deus.

 

Paz a todos.

* * *

Histórias que a vida conta

Marcelino Pereira da Cunha 

A força do amor

“O amor cobre multidões de pecados.” (Pedro 1:4)

Fato antigo, ensinado pelos nossos antepassados, mas que parece esquecida em nós. O amor sua força desconhecida que dormita em nossos sentimentos. Vejamos esse fato que é uma pura verdade.

Há muito tempo atrás, uma menina chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Em um tempo muito curto, Lili descobriu que não ia se dar bem com a sua sogra. As personalidades delas eram muito diferentes, e Lili foi se enfurecendo com os hábitos de sua sogra. Além disto, ela criticava Lili constantemente. Dias e dias se passaram. Semanas e semanas se passaram. Meses e meses. Lili e sua sogra nunca deixaram de discutir e brigar.

Mas o que fez a situação piorar foi o cumprimento de uma antiga tradição chinesa, Lili tinha que se curvar à sogra e obedecer tudo o que ela desejasse. Toda a raiva e infelicidade dentro da casa estavam causando ao pobre marido um grande stress. Finalmente, Lili não aguentando mais decidiu tomar uma atitude. Lili foi ver o bom amigo de seu pai, o Sr. Huang que vendia ervas. Ela lhe contou sobre a situação e pediu que ele lhe desse algum veneno de forma que ela poderia resolver o problema de uma vez por todas.

Sr. Huang pensou por algum tempo e finalmente disse:

— "Lili, eu ajudarei você a resolver seu problema, mas você tem que me escutar e obedecer a todas as instruções que eu lhe der".

Lili respondeu:

— "Sim, Sr. Huang, eu farei tudo o que me pedir que faça".

Sr. Huang entrou no quarto dos fundos e voltou em alguns minutos com um pacote de ervas. Ele disse para Lili:

— "Você não pode usar de uma só vez para se libertar de sua sogra, porque isso causaria suspeitas. Então, eu lhe dou várias ervas que vão lentamente envenenar sua sogra. A cada dois dias prepare alguma carne, de porco ou galinha, e ponha um pouco destas ervas no prato dela. Agora, para ter certeza de que ninguém irá suspeitar de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável com ela. Não discuta com ela, obedeça-a em tudo e trate-a como se uma rainha fosse".

Lili ficou muito contente. Agradeceu ao Sr. Huang e voltou apressada para casa para começar o projeto de assassinar a sua sogra.

Semanas se passaram, meses se passaram, e a cada dois dias, Lili serviu a comida especialmente tratada à sua sogra. Ela se lembrou do que Sr. Huang tinha dito sobre evitar suspeitas, assim ela controlou o seu temperamento, obedeceu à sogra, e a tratou como se fosse sua própria mãe. Depois que seis meses tinham passado, a casa inteira tinha mudado. Lili tinha controlado tanto o seu temperamento que ela quase nunca se aborreceu.

Ela, nestes seis meses, não tinha tido uma discussão com a sogra, que parecia agora muito mais amável e mais fácil se lidar. As atitudes da sogra com Lili mudaram e ela começou a amar Lili tanto quanto à própria filha. Ela revelava aos amigos e parentes que Lili era a melhor nora que alguém poderia

achar. Lili e a sogra estavam tratando uma a outra como verdadeiras mãe e filha. O marido de Lili estava muito contente em ver o que estava acontecendo.

Um dia, Lili foi ver o Sr. Huang e pediu a ajuda dele novamente.

Ela disse:

— "Querido Sr. Huang, por favor me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra! Ela se transformou em uma mulher agradável, e eu a amo como minha própria mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno eu lhe dei".

Sr. Huang sorriu e acenou com a cabeça.

— "Lili, não há nada com que se preocupar. Eu nunca lhe dei qualquer veneno. As ervas que eu dei a você eram vitaminas para melhorar a saúde dela. O único veneno estava em sua mente era sua atitude para com ela, mas isso tudo foi jogado fora pelo amor que você deu a ela.

Paz a todos.

* * *

Pingos de Luz

Sulamita de Almeida

Mãe é para sempre

Há uma ligação de amor natural e perene entre mãe e filho.

A relação de afeto entre mãe e filho é para sempre!

Não existe ex-mãe e nem ex-filho.

Já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade – “... Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e a chuva desaba...”

Como é bom desfrutar do colo quentinho, do beijo que cura, do abraço que encoraja e do cafuné que adormece.

O amor incondicional de mãe é fundamental na formação dos seres humanos.

As lições amorosas da mãe refletem na mente dos filhos por toda a eternidade.

A seguir, transcrevemos a reflexão de Emmanuel sobre a missão da maternidade.

Em louvor das mães

 

O lar é a célula ativa do organismo social e a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a própria vida.

 

Se a criança é o futuro, no coração das mães repousa a sementeira de todos os bens e de todos os males do porvir.

 

O homem é pensamento. — A mulher é o ideal.

O homem é a oficina. — A mulher o santuário.

O homem realiza. — A mulher inspira.

 

Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento da Terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.

 

Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime,

constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos Centros Espíritas novos lares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.

 

Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimônios materiais na gleba planetária, não podemos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da esperança, ternura e amor, a descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.

 

Glorifiquemos, desse modo, o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se dignou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humildade e ao

bem, à renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus-Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.

Do livro: Cartas do Coração/Autores diversos_Chico Xavier /1ª Parte – cap.29 – Emmanuel

* * *

Reflexões

Nos dias difíceis

Nos dias difíceis, reflete nos outros dias difíceis que já se foram.

Depois de atravessados transes e lutas que supunhas insuperáveis, não soubeste explicar a ti mesmo de que modo os venceste e de que fontes hauriste as forças necessárias para te sustentares e refazeres, durante e depois das refregas sofridas.

Viste a doença no ente amado assumir gravidade estranha e, sem que lograsses penetrar o fenômeno em todos os detalhes, surgiram a medicação e a providência ideais que o arrebataram da morte.

Experimentaste a visitação do desânimo diante dos obstáculos que te gravaram a vida, mas, sem que te desses conta do amparo recebido, largaste o desalento das trevas e regressaste à luz da esperança.

Crises do sentimento que se te afiguravam invencíveis, pelo teor de angústia com que te alcançaram o imo da alma, desapareceram como por encanto, sem que conseguisses definir a intervenção libertadora que te restituiu a tranquilidade.

Sofreste a ausência de seres imensamente queridos, chamados pela desencarnação para tarefas inadiáveis em outras faixas de experiência; no entanto, sem que despendesses qualquer esforço, outras almas abençoadas apareceram, passando a nutrir-te o coração com edificante apoio afetivo.

Tudo isso, entretanto, sucedeu porque persististe na fé aguardando e confiando, trabalhando e servindo, sem te entregares à deserção ou à derrota, ofertando ensejo à bondade de Deus para agir em teu benefício.

Nas dificuldades em andamento, considera as dificuldades que já venceste, e compreenderás que Deus, cujo infinito amor te sustentou ontem, sustentar-te-á também hoje.

Para isso, porém, é imperioso permanecermos fiéis ao cumprimento de nossas obrigações, uma vez que a paciência, no centro delas, é o dom de esperar por Deus, cooperando com Deus, sem atrapalhar.

Emmanuel/F.C. Xavier

* * *

Relendo o livro “LIBERTAÇÃO”

Regina Célia Lanne 

CAPÍTULO XIV – Singular episódio

Gúbio e Saldanha, no compartimento em que Margarida descansava, iniciaram um diálogo no qual o instrutor, serenamente, pediu a Saldanha ajuda e compreensão para socorrer Margarida, afirmando ser a doente sua filha em outra época.

Gúbio que ajudara Jorge, o filho de Saldanha, achava-se merecedor de ser auxiliado.

Esclareceu seu comportamento de homem orgulhoso, dominador e insensato no seu passado. No entanto a vida o ensinara, através do sofrimento, a destruir o despotismo que o caracterizava, assumindo apenas o título de irmão.

Mediante o pedido de Gúbio, Saldanha, confuso, afirmou ter recebido amparo para seu filho Jorge, sua esposa alucinada e para a nora infeliz, aceitou a tarefa se socorrer o benfeitor.

André Luiz e Elói observaram que o modo de agir de Saldanha havia se modificado pois, demonstrava grande renovação interior.

Leôncio, o outro encarregado de vigiar Margarida, aceitou cooperar, todavia declarasse que o outro magnetizador de Margarida, denominado Gaspar, não seria confiável.

Entretanto, vendo-se diante do benfeitor, Gaspar expôs – lhe seus problemas mais íntimos, pois sofria muito devido sua esposa e filho estarem sozinhos no mundo, embora estivessem em boas condições financeiras.

Deixando a vida física, converteu-se em colaborador de Gregório.

Relatou, estar Avelina, sua esposa na Terra, aceitando propostas de casamento de um enfermeiro, que planejava interromper a vida de seu filhinho, Ângelo, através de envenenamento; para atingir, mais facilmente, seu plano de adquirir dinheiro, Ilusões e prazeres.

Dirigindo-se ao benfeitor, pediu ajuda para evitar que o enfermeiro infanticida ceifasse a vida de seu filhinho, pois, já fizera de tudo para evitar o terrível desfecho. Mesmo reconhecendo-se um integrante da falange do mal, admitiu que o mal não salva nem melhora ninguém.

Elói quis saber o nome do enfermeiro e ao ouvir o nome de Felício de..., ficou estarrecido e bradou: É meu irmão!...

Gúbio, sereno, abraçou Elói e inquiriu calmamente: Onde está o infeliz que não seja nosso irmão necessitado?

E sem perda de tempo, todos partiram, naquela madrugada, para visitar o menino enfermo.

Ao chegarem no aposento, mãe e filho pareciam dormir. A criança estava devastada pelos tóxicos ingeridos e gemia. De olhinhos sonolentos olhava o retrato de Leôncio na parede e dizia baixinho:

— Papai, onde está o senhor?... Tenho medo, muito medo! Em lágrimas, o hipnotizador de Margarida caiu em pranto de emoção.

Gúbio, foi em busca do enfermeiro, em estado de sono.

No recinto este avistou Elói e procurou recuar apavorado, mas foi retido. A pedido do mentor, Elói não interferiu.

Aplicando passes em Felício, o irmão de Elói, foi despertando e ao avistar Leôncio junto à criança, lançou lhe críticas denominando-o inimigo implacável, e de monstro que o flagelava nas horas de sono.

Gúbio, então, esclareceu detalhes que caracterizavam o bom enfermeiro e suas funções, enfatizando as consequências do homem mau que plantou espinhos, pela lei, apenas, colherá espinhos. E o instrutor perguntou ao infanticida se ele havia perdoado a capacidade de amar.

Felício declarou-se incapaz de melhorar e ressaltou a necessidade do dinheiro para solver compromissos adquiridos.

Gúbio acentuou a necessidade de salvar a vida do pequenino e prosseguiu sereno dando-lhe lições sobre as ações e o tempo, insistindo mais uma vez para que Felício que ajudasse a restabelecer a saúde do pequenino.

O enfermeiro, vencido pelas palavras de Gúbio jurou: Em nome da justiça divina, prometo amparar esta criança como verdadeiro pai...

Assim, Elói e André Luiz reconduziram o paciente ao corpo fisiológico, quando acordou em lágrimas, enquanto Gúbio ministrava passes magnéticos ao doentinho.

Elói, aproximando-se de Felício, e inoculou intensa energia magnética à esfera ocular do irmão e beneficamente indignado, exortou – o francamente:

— Se assassinares este menino, eu mesmo te punirei!...

Com um grito, o enfermeiro deixou cair a cabeça no travesseiro e André Luiz acreditou, piamente, que a promessa de Felício seria realizada

2historias
3pingos
1desafio
4 Reflexoes
5 Relendo
6 Dica
Screen Shot 2023-04-30 at 21.03.45.png
Dica de leitura

Estude e viva

Rumo Certo

Leitor amigo,

Cremos não emprestar qualquer pretensão de ordem pessoal no título deste livro.

Rumo certo, sim, não porque as ideias nele contidas sejam nossas.

Integramos também, com as falhas que nos caracterizam individualmente, a legião dos Espíritos que evoluem nos climas culturais da Terra, tão falíveis ainda quanto quaisquer outros.

E, qual ocorre a milhões de viajores do planeta, encarnados e desencarnados, observamos não apenas os caminhos da existência física, mas igualmente, e em muito maiores proporções, os caminhos da vida espiritual.

Estradas de todos os feitios se nos desdobram à visão. Avenidas do ideal, flamejantes de luz. Sendas de laboriosas realizações. Alamedas de sonhos e alegrias. Carreiros de serviço construtivo, talhados nas rochas do esforço máximo. Veredas de provações edificantes. Trilhos de socorro ou de regeneração, através de pântanos e lágrimas. Atalhos de sofrimento. Corredores de privações educativas. Túneis de perigosas experiências.

E em todas essas vias reconhecemos o impositivo do conhecimento e do autoconhecimento, para que o erro ou o desequilíbrio não nos compliquem a romagem ou atrasem a marcha.

Eis porque, livremente associados à obra benemérita da Doutrina Espírita – que, na atualidade, restaura para nós outros os ensinamentos do Cristo –, solicitamos vênia para entregar-lhe, nestas páginas simples, a bússola das lições evangélicas que nos têm servido à própria recuperação íntima, na viagem para a Vida superior.

São estas notas, por isso mesmo, reflexos da lâmpada acesa que o Senhor misericordiosamente nos permitiu empunhar por dever, a fim de que conhecêssemos as próprias deficiências, de maneira a tratá-las e extingui-las. Carregando semelhante luz por fora até que possamos instalá-la por dentro de nós mesmos, ofertamo-la aos companheiros encarnados no mundo, na forma de anotações para rumo certo, a benefício de nós todos, os que já nos reconhecemos necessitados da paz interior, com a vitória sobre nós mesmos, com vistas à nossa definitiva integração em Jesus, de modo a viver e saber viver com Jesus e por Jesus.

Emmanuel Uberaba (MG), 1 de julho de 1971.

* * *

7 Evento
evetnos forum CRE Planalto-RV.jpeg

Inscreva-se para receber um aviso a cada nova edição do Notícias da Mocidade

Seu email foi cadastrado com sucesso!

© 2023 por Coisas Encantadoras. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page